Edu de Barros (Rio de Janeiro, 1992) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Em sua obra, o corpo de trabalho (pinturas, ações, objetos, esculturas e escritas) faz parte de uma liturgia sagrada. Seu universo pictórico é construído com elementos de caráter profético, misturando linguagens e representações clássicas e contemporâneas. São sinais apocalípticos, elementos de insurgência cultural das favelas e do centro da cidade do Rio de Janeiro, conteúdo digital viral e ícones visuais descritivos da vida cotidiana em espaços-tempos suspensos e convulsivos. Os acontecimentos na política brasileira agregaram densidade social crítica a sua pesquisa sobre o sagrado, de maneira que o artista nomeia e representa, a seu modo, um apocalipse brasileiro, adicionando à pintura elementos da história e da política do país. Também atua como profeta na Anoiva, a Igreja do Reino da Arte.
Em 2015 se formou Design Gráfico pela PUC-Rio, durante o período de faculdade ocupou por mais de um ano junto ao o coletivo artístico “Gregário” o Gávea Tourist Hotel - um hotel abandonado, onde experimentou instalações e pinturas em larga escala. Em 2017 fundou junto a dois amigos “Anoiva - Igreja do Reino da Arte”, uma egrégora de fiéis que acreditam na comunhão e no processo artístico como uma maneira de acessar o divino. Em 2019 fez seu primeiro estande junto à Sé na ArtRio19 e realizou uma de suas obras icônicas, um arco colorido feito com cadeiras de bar, e com isso iniciou sua representação pela galeria, com a qual também participou de feiras nacionais e internacionais, além de exposições coletivas. Em 2020, em sua primeira individual CROPPED, feita na Sé com curadoria de Clarissa Diniz, ganhou notoriedade por seu confinamento produtivo dentro do espaço expositivo no contexto da pandemia. A exposição foi realizada com o companheiro de trabalho Raoni Azevedo, e seu processo de feitura transmitido quase integralmente no site edudebarros.com, que registrou, além da montagem e construção de outras obras, o processo completo da pintura de um enorme afresco pelas superfícies da galeria. De 2020 a 2022 integrou importantes mostras coletivas em espaços institucionais como o Museu de Arte do Rio, MAM-Rio, Centro Municipal de Cultura Helio Oiticica, MUHCAB e Comporta (Portugal).
*
Edu de Barros (Rio de Janeiro, 1992) lives and works in Rio de Janeiro. His body of work (paintings, actions, objects, sculptures and writings) is part of a sacred liturgy. His pictorial universe is built with elements of a prophetic character, mixing classic and contemporary languages and representations. They are apocalyptic signs, elements of cultural insurgency from the favelas and downtown Rio de Janeiro, viral digital content and descriptive visual icons of everyday life in suspended and convulsive space-times. Events in Brazilian politics added critical social density to his research on the sacred, so that the artist names and represents, in his own way, a Brazilian apocalypse, adding elements of the country's history and politics to the painting. He also serves as a prophet at Anoiva, the Church of the Kingdom of Art.
In 2015, he graduated from Graphic Design at PUC-Rio, during his college period he occupied the Gávea Tourist Hotel for more than a year with the artistic collective “Gregário” - an abandoned hotel, where he experimented with installations and large-scale paintings. In 2017 he founded together with two friends “Anoiva - Igreja do Reino da Arte”, an egregore of believers who trust in communion and in the artistic process as a way to access the divine. In 2019, he had his first stand with Sé at ArtRio19 and produced one of his iconic works, a colorful arch made with bar chairs, and with that he began his representation by the gallery, with which he also participated in national and international fairs, in addition to collective exhibitions. In 2020, in his first solo show CROPPED, held at Sé and curated by Clarissa Diniz, he gained notoriety for his productive confinement within the exhibition space in the context of the pandemic. The exhibition was held with his partner Raoni Azevedo, and its process of making was transmitted almost entirely on the website edudebarros.com, which documented, in addition to the assembly and construction of other works, the complete process of painting a huge fresco across the gallery surfaces. From 2020 to 2022 he participated in important group shows in institutional spaces such as the Museui de Arte do Rio, MAM-Rio, Centro Municipal de Cultura Helio Oiticica, MUHCAB and Comporta (Portugal).